(*) Rafaela França
O nosso cotidiano é dinâmico e repleto de transformações, vivemos em um cenário no qual a velocidade, os riscos e a incerteza extrema são os protagonistas das nossas decisões nas organizações.
Diante destas mudanças constantes, as empresas e principalmente os profissionais necessitam se preparar com métodos e práticas que garantem a sustentabilidade das companhias.
A Governança Corporativa é o alicerce da perenidade das instituições, através das suas métricas e práticas, ela compõe se de premissas que devemos basear nosso modelo de gestão. A Governança refere-se às variáveis da tomada de decisão, desde a direção do negócio até o acompanhamento sistemático, a partir da formulação de políticas e a distribuição de direitos e responsabilidades com a participação dos sócios, diretores, conselheiros e partes interessadas da empresa.
É relevante considerar que este conceito de governança, se aplica a todas as empresas, sejam as de pequeno, médio e grande porte, ou seja, independente da sua atividade de mercado, uma organização, de qualquer porte, tem a obrigação de operar de forma ética e conforme as regulamentações; e para esse modelo se aplica o alicerce, ou melhor, a Governança Corporativa.
Este conceito é extremamente profundo e consistente, e podemos considerá-lo uma ciência. Dentre os princípios básicos deste movimento temos a transparência, a equidade, a prestação de contas e a responsabilidade corporativa. Atualmente, de acordo com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), os pilares deste conceito são:
- Ética e Integridade
- Diversidade e Inclusão
- Ambiental e Social
- Inovação e Transformação
- Transparência e Prestação de Contas
- Conselhos do Futuro
No âmbito das disciplinas discutidas acima percebemos a importância de valorizarmos e agirmos conforme estes conceitos. Esta ciência é norteada por medidas, as quais o conselheiro necessita se empoderar e atuar sobre, com o objetivo de garantir eficácia do negócio.
Outro ponto relevante é compreender a estrutura da governança, e o formato como pode ser construída, de acordo com o tamanho e necessidades da organização e do mercado.
Atualmente temos a governança podendo ser desenhada por Conselhos de Administração ou Consultivos, e tendo como profissionais que podem ser internos, independentes e externos. Neste posicionamento é muito importante o perfil do conselheiro, que precisa ter conhecimento de generalista de estratégia e negócios, e desejável possuir competências específicas, postura imparcial, independente e transparente.
Dessa forma, entenda que investir em governança corporativa é, atualmente, a melhor estratégia para garantir a sobrevivência do negócio a longo prazo, e destacando alguns outros benefícios da adoção das práticas de governança, temos:
- Garantir o desempenho no mercado e do desenvolvimento econômico;
- Reduz a corrupção, riscos e a má administração;
- Fortalece o compliance e a qualidade da gestão organizacional, alinhando os interesses dos stakeholders;
- Mantém a confiança dos investidores, permitindo a robustez de acesso aos recursos, informações, fontes de financiamento e levantamento de capital de forma eficiente e eficaz.
Após discutirmos os temas acima, concluímos que a Governança é a chave mestre da estratégia, visto que é um grande elo para atingir objetivos, tomar decisões com qualidade, administrando os riscos e garantindo conformidade e resultados.
Por que você pode confiar neste artigo
Rafaela França tem 20 anos de atuação no Mercado de Saúde com a oportunidade de liderar projetos de alta complexidade e equipes multidisciplinares em Redes Hospitalares e Hospitais. Possui especialização em Digital Disruption, pela Cambridge University, em 2021; curso de Preparação de Líderes Executivos – Expansão da Estrutura Organizacional, pela FDC, em 2019 e MBA Executivo em Gestão, pelo IBMEC, 2017. Siga a autora linkedin.com/in/rafaelafrança