Em um passado recente, a partir de setembro, outubro de cada ano, iniciava-se nas organizações o processo de planejamento estratégico, a confecção de orçamentos, o desenho do futuro. Verdades e mentiras, guardadas durante todo o exercício, eram então expostas ao escrutínio dos planejadores. Enquanto estávamos aqui, presos ao calendário gregoriano, o mundo girava lá fora.
Esta postura, a grosso modo, equivale à reiterada promessa do sujeito de que iniciará sua dieta na primeira segunda-feira de janeiro do ano que vem. Ou seja, até lá nada vai acontecer.
A dinâmica dos negócios, na era pós-industrial, que podemos denominar de a “nova economia”, veio requerer mudanças em nossa forma tradicional de planejamento. O mundo agora é online e quem não estiver conectado está fora da festa. Isto vale dizer que estamos planejando todos os dias, mas não significa que não possamos dedicar alguns dias à reflexão sobre nossa visão de mundo, nossa missão na terra e os valores que nos guiarão. A tradicional análise de nossos pontos fortes e fracos continua vigorando. O que muda é o timing da coisa.