A palavra de ordem da década é a “Transformação Digital”, e este conceito tem se tornado buzzword, popular e muitas vezes pode ser utilizado de forma indevida. O que importa é que esta é a pauta 0 nas corporações que necessitam se posicionar em um mercado dinâmico, complexo e de extrema incertezas.
Não existem mais empresas de tecnologia. Cada empresa é uma empresa de tecnologia. As empresas que se adaptaram a habilidades tecnológicas e formas de trabalhar em toda a organização são aquelas que sustentam o progresso: desde a tomada de decisão ágil até equipes multidisciplinares em toda a organização, repensando a governança com foco nos processos que importam e adaptando as abordagens de investimento.
A tecnologia é o gatilho desta metamorfose digital, mas é importante compreender que a transformação digital é uma jornada da adaptação de cultura, de práticas, de processos.
Em uma abordagem didática do professor André Campos, ele enfatiza os 5 domínios desta digitalização, a partir da exploração do modelo de negócio, experiência do usuário e eficiência operacional, são eles:
- A Relação com o Clientes
- Nova visão sobre Competição
- Uso dos Dados
- Inovação
- Geração de Valor
Estes domínios nos refletem que a confiança digital se baseia em habilidades como a capacidade de usar ferramentas em um conjunto de ferramentas mais amplo para pensar e criar novas ideias, bem como atender aos usuários e clientes de maneira mais personalizada e relevante. E é fundamental para as organizações que avançam continuamente em todos esses temas. O alcance dessa confiança e motivação digital se estende de uma organização para as comunidades em que opera, dando suporte a mais usuários para ter acesso e desenvolver as habilidades de que precisam para a vida e o trabalho.
Além disso, estes domínios, com abordagens revolucionárias, nos permitem de forma estratégica sobre os principais desafios desta metamorfose:
1- Cultura e Pessoas
2- Estratégia e Visão
3- Limitações de TI
4- Budget
E esse é o posicionamento que o conselheiro deve adotar para se tornar um facilitador na criação destas novas “avenidas”.
Em muitas empresas, isso ocorre em um cenário de orçamentos e pessoal limitados, necessidades do usuário cada vez mais diversificadas e o desafio da tecnologia em constante evolução e da postura cibernética. O conselheiro deve estar ciente e ser capaz de se conectar com as oportunidades que preenchem as lacunas do mercado, e ter habilidade de fazer isso no ritmo do negócio.
E é na prática da aplicação do direcionamento estratégico, da geração de valor para a organização e da necessidade de incorporação de iniciativas de inovação e novas tecnologias, que farão com que a diferenciação da instituição aconteça.
A diversidade permite a inovação no pensamento e na entrega para possibilitar soluções que ofereçam vantagens no amanhã, sendo provedoras de melhorias nos produtos e serviços ou até mesmo criando novas soluções. Essas abordagens aumentam o ritmo, a agilidade e a flexibilidade das empresas e precisa ser pauta permanente dos Conselhos.
Nesta pauta, gostaria de compartilhar um infográfico, apresentado pelo professor André Campos, que demonstra na prática a linha mestra da inovação e do direcionamento estratégico, nos quais os Conselhos devem se orientar.
No contexto desta metamorfose digital a tecnologia é um elo habilitador, mas trabalhar as pessoas para que a tecnologia se integre aos processos e modelos de trabalho é de fato o “X” da questão. A tecnologia por si só não é uma solução, ela precisa das pessoas e processos para criar cor e transformação de valor.
Por que você pode confiar neste artigo?
(*) RAFAELA FRANÇA tem 20 anos de atuação no Mercado de Saúde com a oportunidade de liderar projetos de alta complexidade e equipes multidisciplinares em Redes Hospitalares e Hospitais. Possui especialização em Digital Disruption, pela Cambridge University, em 2021; curso de Preparação de Líderes Executivos – Expansão da Estrutura Organizacional, pela FDC, em 2019 e MBA EXECUTIVO EM GESTÃO, pelo IBMEC, 2017. Siga a autora linkedin.com/in/rafaelafrança