Saiba como a gestão eletrônica de acordos está redefinindo o setor jurídico

Estudo da IDC revela desafios e oportunidades da digitalização no setor jurídico, destacando a necessidade de soluções integradas e seguras para uma eficiência operacional robusta.

A integração de tecnologias avançadas como automação de processos, digitalização de documentos, soluções em nuvem e, mais recentemente, a inteligência artificial, tem se consolidado como uma das ferramentas mais importantes para o setor jurídico. Essas inovações estão redefinindo práticas e introduzindo novas possibilidades tanto para advogados quanto para escritórios de advocacia.

No ano passado, o Brasil registrou um investimento de 50 bilhões de dólares em TI, segundo o “Estudo Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2024”, da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, em conjunto com o International Data Corporation (IDC). O montante fez o país retornar ao grupo dos 10 maiores investidores globais no setor de tecnologia, que, em 2023, movimentou 3,2 trilhões de dólares no mundo.

Esse cenário de crescimento no setor de TI reflete diretamente em áreas específicas, como o setor jurídico. De acordo com a pesquisa “Inteligência Artificial no Setor Jurídico”, conduzida pela Lets Marketing, 69% dos advogados reconhecem os benefícios da adoção de tecnologias – especialmente na economia de tempo – e planejam intensificar seus investimentos até o final de 2024 para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços prestados.

No entanto, embora essa adoção massiva represente uma mudança paradigmática rumo à digitalização e modernização, o setor ainda enfrenta desafios, como a resistência cultural e a necessidade de treinamento para lidar com as novas ferramentas. Ainda de acordo com a pesquisa, 71% dos advogados consideram a resistência à adoção de IA um obstáculo no setor jurídico.

Já o novo estudo do IDC, patrocinado pela Docusign e intitulado “Desafios das áreas jurídicas na gestão eletrônica de acordos nas empresas”, publicado neste mês, destaca que, embora as empresas brasileiras já possuam um conhecimento considerável acerca de plataformas de gestão de acordos e estejam investindo em tecnologia, ainda há uma necessidade significativa de inovação dentro desse setor.

A digitalização dos processos jurídicos não é mais uma tendência futura, mas uma realidade que está remodelando o setor empresarial. A pandemia de covid-19 acelerou essa transição, forçando empresas a repensarem operações tradicionais e adotarem em massa plataformas de gestão eletrônica de acordos. No entanto, mesmo com a conversão digital de documentos, o gerenciamento eficaz desses “bytes” continua sendo um desafio.

 Panorama atual

A pesquisa da IDC envolveu empresas e escritórios jurídicos de diversos tamanhos, desde aquelas com 50 funcionários até grandes corporações com mais de 5.000 colaboradores.

Embora 94% das organizações já utilizem algum tipo de solução para gestão de acordos, 36% das empresas acreditam que as soluções atuais atendem apenas parcialmente às suas necessidades, apontando para lacunas que ainda precisam ser preenchidas.

Segundo o relatório “Gestão Digital de Contratos: Liberando o Valor do Gerenciamento de Acordos”, desenvolvido em parceria entre a Deloitte e a Docusign, a má gestão de acordos, por exemplo, custa às empresas globalmente cerca de US$ 2 trilhões, sublinhando a importância de soluções eficazes para evitar perdas financeiras significativas.

(Imagem: Arte Migalhas)

Desafios na transformação digital

 A segurança é uma das maiores preocupações no setor jurídico quando se trata de digitalização. O risco de exposição de dados sensíveis e a proteção do know-how dos escritórios são aspectos críticos que precisam ser abordados com soluções tecnológicas robustas e confiáveis. A pesquisa da IDC revela que essa preocupação é compartilhada por 47% dos entrevistados, que veem a segurança como um dos maiores desafios na implementação de novas tecnologias.

Outro ponto crítico é a complexidade dos requisitos legais, citada por 35% dos participantes como um obstáculo significativo à digitalização. A necessidade de integrar novos sistemas com os legados existentes também é uma barreira que afeta 33% das empresas, demonstrando que, embora a digitalização traga benefícios, a transição não é simples.

(Imagem: Arte Migalhas)

Solução confiável

Gerente Jurídico Sênior LATAM da Docusign, Heitor Miranda destaca que o cenário atual oferece grandes oportunidades para o crescimento da gestão eletrônica de acordos. “O estudo do IDC mostra que há um entendimento cada vez maior sobre como as tecnologias podem aprimorar os processos e oferecer respostas mais ágeis e eficientes ao mercado e aos clientes”, afirma.

Empresas que investem em soluções integradas para a gestão eletrônica de acordos têm a oportunidade de se posicionar à frente, eliminando gargalos operacionais, reduzindo custos e garantindo a conformidade regulatória.

A Docusign, líder global em assinatura eletrônica e gestão inteligente de documentos, destaca-se como pioneira na categoria de Contract Lifecycle Management (CLM), oferecendo uma plataforma integrada que vai além da assinatura eletrônica e automatiza todo o ciclo de vida dos acordos.

(Imagem: Arte Migalhas)

Contract Lifecycle Management (CLM): Otimizando Processos

O CLM – Contract Lifecycle Management é uma ferramenta que gerencia todo o ciclo de vida de um acordo, desde sua criação até a renovação ou término, abrangendo etapas como elaboração, revisão, aprovação, execução, armazenamento e monitoramento.

O recurso tecnológico otimiza esses processos ao padronizar procedimentos, melhorar a rastreabilidade, facilitar a colaboração entre equipes e garantir que os acordos sejam gerenciados segundo as melhores práticas, contribuindo para a redução de custos operacionais e aumentando a eficiência empresarial.

(Imagem: Arte Migalhas)

 Assim, tarefas administrativas como agendamento, cobrança e elaboração de documentos padrão podem ser automatizadas. Com lembretes automáticos e integrações perfeitas com os sistemas legados da empresa, por exemplo, o CLM pode eliminar praticamente todos os atrasos e reduzir custos operacionais, possibilitando que negócios sejam concluídos com mais agilidade e segurança.

 

A importância do Intelligent Agreement Management (IAM)

O IAM – Intelligent Agreement Management, utilizando inteligência artificial, automatiza e otimiza o ciclo de vida dos acordos, desde a criação até a execução, podendo ser integrado ao ecossistema de CLM. Com essa integração, as empresas podem criar, formalizar e gerenciar acordos de maneira colaborativa, automatizada e integrada aos seus sistemas de negócios, como CRM, HRM e ERP.

A solução permite revelar informações ocultas nos acordos, desbloquear valor e reduzir riscos desnecessários, além de proporcionar uma melhor experiência final para clientes, parceiros e funcionários.

O estudo mostra que 71% dos escritórios jurídicos que ainda não utilizam plataformas de gestão eletrônica de acordos planejam implementá-las em breve, o que indica uma clara tendência de digitalização no setor.

Entre os atributos mais valorizados pelos usuários de plataformas de gestão de acordos, destaca-se a segurança (83%), a agilidade nos processos (64%), a redução de custos operacionais (61%) e integração com assinatura eletrônica (53%).

 

(Imagem: Arte Migalhas)

Esses fatores são fundamentais para a eficiência operacional e a competitividade das empresas no cenário jurídico atual. A solução permite que organizações gerenciem acordos de maneira mais inteligente e eficiente, ao analisar automaticamente aspectos críticos como conteúdo, prazos e cláusulas de risco, reduzindo erros, acelerando processos, aumentando a segurança e assegurando a conformidade com os requisitos legais.

Afinal, o gerenciamento de casos e prazos é crítico na advocacia. O seu monitoramento é imprescindível para evitar prejuízos aos clientes e à reputação do escritório.

Com a ferramenta, equipes jurídicas podem reduzir, significativamente, o tempo dedicado a revisões manuais, focando em decisões estratégicas e análises mais complexas.

Perspectivas para o futuro

O mercado de tecnologia e comunicação no Brasil deve continuar a crescer. Segundo previsões da IDC, espera-se um crescimento de 5,2% no mercado geral e de 8,7% no segmento de TI B2B, impulsionado pela necessidade de infraestrutura e pelo avanço das aplicações em nuvem, como SaaS e PaaS.

O aumento no uso de plataformas na nuvem está ligado ao IAM, nova categoria de software como serviço (SaaS) desenvolvida pela Docusign, que aumentam a segurança das transações, eficiências dos processos e reduzem o tempo dedicado a tarefas repetitivas.

 A digitalização já transformou profundamente a maneira como os negócios jurídicos são conduzidos na América Latina, e a tendência é que esse movimento continue a se intensificar.

 O estudo da IDC sugere que, até 2024, cerca de 30% das receitas das empresas brasileiras serão provenientes de produtos ou serviços digitais. Além disso, é esperado que US$ 2,9 bilhões sejam destinados a soluções de Big Data e Analytics, refletindo um crescimento de 12% em relação ao ano anterior.

Nesse contexto, a adoção de soluções digitais para a gestão de acordos, como IAM e CLM, representa não apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica para o setor jurídico, que busca se manter competitivo e eficiente em um mercado cada vez mais digitalizado.

“O Docusign IAM representa um avanço significativo proporcionando não só melhora a eficiência e a segurança, mas também uma maneira mais inteligente e automatizada de gerenciar acordos. Estamos comprometidos em fornecer soluções que ajudem nossos clientes a navegar pela complexidade da gestão de acordos com mais confiança e simplicidade. A nova solução Docusign IAM com o uso de inteligência artificial e CLM são alguns exemplos de como pode ser aplicada a tecnologia para transformar processos tradicionais e criar valor real para o setor”, finaliza Heitor Miranda, Gerente Jurídico Sênior LATAM da Docusign.

Reprodução de Migalhas

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