Tendências ESG para 2024: mais pragmatismo, foco no clima e maior regulação

O professor Heiko Hosomi Spitzeck, da Fundação Dom Cabral (FDC), listou em sua coluna, na Época Negócios, cinco tendências ESG para 2024

Foto: © – Shutterstock

O interesse no termo ESG vem diminuindo nos últimos meses. De acordo com o professor Heiko Hosomi Spitzeck, diretor do Núcleo de Sustentabilidade da Fundação Dom Cabral (FDC), as pesquisas pelo termo ESG tiveram sua alta em julho de 2023, mas seguem em queda desde então. O especialista levou em consideração uma pesquisa feita no Google Trends, plataforma do gigante de buscas que mostra a popularidade de termos em pesquisas dos usuários. Mas isso, de acordo com Spitzeck, não significa que a agenda de sustentabilidade das empresas esteja perdendo força. Em sua coluna na Época Negócios ele pontuou que o ESG está se tornando cada vez mais pragmático e focado em resultados. Na publicação, o professor listou cinco tendências ESG que devem se destacar em 2024:

Gestão ESG mais rigorosa: a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a União Europeia e outros órgãos reguladores estão endurecendo as regras para a divulgação de informações ESG. Isso vai exigir que as empresas invistam mais em seus programas ESG e demonstrem o retorno sobre o investimento dessas iniciativas.

Mudanças climáticas como prioridade: a COP30, que será realizada no Brasil em 2025, vai colocar o foco nas mudanças climáticas. As empresas vão intensificar seus esforços para reduzir emissões e se adaptar aos impactos do clima.

Inteligência artificial e inovação: a IA está sendo cada vez mais usada para avaliar riscos ESG, identificar oportunidades de melhoria e automatizar processos.

Agronegócio e petróleo & gás sob pressão: esses setores estarão sob maior escrutínio da sociedade, que exige ações mais concretas para enfrentar as mudanças climáticas.

Governança mais abrangente: as empresas vão ampliar o escopo de sua governança ESG para incluir sua cadeia de valor.

O especialista avalia que o ESG está se tornando uma realidade cada vez mais concreta para as empresas. O foco no pragmatismo e nos resultados, segundo sua avaliação, vai impulsionar o avanço da agenda ESG nos próximos anos. Spitzeck conclui que a agenda ESG vai avançar na prática, mas perderá espaço na mídia, a menos que apareçam casos de greenwashing, fraude ou outras polêmicas semelhantes.

 Reprodução de: Seja Relevante

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